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DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E BRUXISMO

Bruxismo é o ato de ranger e apertar os dentes de forma involuntária enquanto dormimos. De acordo com pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, 80% das pessoas terão o problema em algum momento da vida, mas só uma parte delas vai reconhecê-lo, já que o esfrega-esfrega das arcadas é inconsciente. As causas geralmente estão relacionadas ao desalinhamento dos dentes, o que sobrecarrega a articulação, e a distúrbios emocionais, como o estresse ou traços de personalidade. O bruxismo realizado por muitos anos pode acarretar em distúrbios na articulação têmporo-mandibular (DTM), causando dores e limitações para o paciente. Apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer durante a vigília, geralmente relacionado à tensão do dia-a-dia. Existe também o bruxismo fisiológico, um problema comum e que desaparece com o tempo. Porém, se torna preocupante quando começa a afetar a qualidade de vida da pessoa.

QUEM PODE TER BRUXISMO

Até 20% da população têm bruxismo do sono pelo menos duas vezes por semana. E este distúrbio está presente muito mais em crianças do que em adultos (de 10% a 20% das crianças; 8% dos adultos; e 3% dos idosos são acometidos por este mal), contudo não podemos falar em predominância relacionada ao gênero. Algumas doenças, como Parkinson, paralisia cerebral, AVC, ou outros distúrbios do sono, como a apneia, também podem ter o bruxismo como um sintoma associado. Além disso, alguns medicamentos podem provocar este transtorno involuntário e inconsciente de movimento, que é caracterizado pelo excessivo apertar e ranger de dentes durante o sono.

FATORES QUE INCOMODAM

São várias as consequências físicas que uma pessoa com bruxismo frequente pode ter, entre elas estão desgaste anormal dos dentes; desconforto, fadiga e dor na musculatura ao abrir e fechar a boca; limitação da abertura da boca; hipertrofia do masseter (músculo da mastigação); ferimentos na língua. Pessoas que sofrem deste mal, geralmente, acordam com dores de cabeça, hipersensibilidade nos dentes, sonolência excessiva e até mesmo fadiga.

COMO DIAGNOSTICAR

O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas na mandíbula e maxila, travamento das articulações temporomandibulares, etc. Para tanto, é necessária uma avaliação com especialista.

FORMAS DE TRATAMENTO

Dependendo das causas do bruxismo e dos tipos de problemas que afetam a qualidade de vida do indivíduo, várias formas de tratamento podem ser combinadas para que este distúrbio cesse ou seja pelo menos amenizado. O uso de placas miorrelaxantes, fisioterapia focada na articulação temporomandibular, técnicas de relaxamento, e tratamento odontológico reparador ou preventivo são algumas opções de tratamento. Atualmente a toxina botulínica, o botox, tem ganhado força como terapia alternativa e inovadora ao problema. A aplicação no masseter, no músculo temporal e, às vezes, no frontal faz com que os problemas relacionados ao bruxismo desapareçam depois de cerca de cinco dias. é importante lembrar que esses tratamentos são coadjuvantes, isto é, não substituem os já utilizados, como a reabilitação bucal, que envolve todas as especialidades odontológicas para o diagnóstico, o planejamento e o tratamento do paciente de forma global.